Disfunção temporomandibular (DTM) é um termo que se refere a sinais e sintomas funcionais e estruturais que acometem o sistema mastigatório, especialmente articulação temporomandibular (ATM) e músculos (Sonnesen; Svensson, 2008). É considerada a causa mais frequente de dor orofacial crônica, e dentre os sinais e sintomas mais comuns, encontram-se dor ou sensibilidade na região pré-auricular, dor na musculatura cervical e mastigatória, restrição ou desvio durante movimentos mandibulares, e ruídos na ATM como estalido e crepitação (Conti et al., 1996; Nomura et al., 2007; Manfredini et al., 2006). Estudos realizados em população de pacientes que já procuraram algum tratamento, apontam taxas mais elevadas de prevalência variando entre 31% e 76% (List et al., 1996; Yap et al., 2003; Rammelsberg et al., 2003; Manfredini et al., 2006). Atualmente, a etiologia da DTM é considerada multifatorial e, de modo geral, fatores causais podem ser classificados como predisponentes (condições estruturais, metabólicas e/ou psicológicas), iniciantes (trauma ou cargas repetitivas adversas no sistema mastigatório) e agravantes (hábitos parafuncionais, fatores hormonais e psicossociais). Neste contexto, o presente projeto de extensão se faz necessário para que pacientes se beneficiem de um serviço de saúde gratuito, de qualidade e que proporcione melhora na qualidade de vida. Além disso, apresenta-se como uma atividade importante para o enriquecimento de todas as partes envolvidas em sua execução, como alunos, técnicos administrativos e professores, vez que contribui para a sua formação científica, técnica e humanística, o que reflete não só nas atividades acadêmicas, mas, também, na vida em sociedade.